Qual Coldre escolher para minha Arma?

No momento de escolher um coldre há alguns fatores que precisam ser levados em consideração, como por exemplo: Conforto, agilidade, modelo, como você irá utiliza-lo, o lado que o coldre ficará na hora de sacar a arma e também o seu material.

Primeiramente, é necessário entender que os coldres são divididos em dois grupos: os coldres IWB e os OWB. Os coldres IWB, ou Inside Waist Band, são coldres velados, para usar por dentro da calça. Os coldres OWB, ou Outside the Waist Band, são coldres feitos para uso ostensivo, ou seja, por fora da calça.

Logo o coldre é um acessório pode ser usado em diferentes partes do corpo, entretanto tudo isso vai depender da sua necessidade. Sendo assim, conheça as categorias de coldre de acordo com a sua finalidade de uso:

Competição:

Esse tipo de coldre é projetado para trazer vantagens competitivas na modalidade a que ele se propõe a servir. Em coldres para o tiro dinâmico (IPSC e IDSC), por exemplo, as prioridades serão velocidade de saque e possibilidades de ajuste para que ele se molde à técnica e necessidade do atirador. Em geral mantém um espaço maior entre a arma e a linha da cintura, permitindo uma empunhadura plena antes do saque. A retenção será a menor possível que o regulamento permita, sem comprometer a segurança. Afinal, esse tipo de coldre é desenhado para pista de tiro e não para defesa pessoal. Nesta situação, travas e botões liberadores irão atrapalhar.

Uso policial:

Esta é uma categoria bastante abrangente, possivelmente é a categoria com maior variedade de coldres que se encaixam na proposta. Porém é necessário ser crítico na escolha, afinal uma escolha errada pode ser fatal.

Um atributo que não pode faltar a um coldre policial é a retenção. Mesmo policiais que trabalham em delegacias não estão livres da possibilidade de tumultos e, por isso, seus coldres precisam ter algum tipo de dificultador do saque para evitar que a arma seja roubada por um terceiro. Para quem trabalha em delegacias, um simples botão liberador pode ser suficiente, mas para quem trabalha na rua, travas duas ou triplas são essenciais.

“Robocop”

Uma outra opção muito comum aos policiais são os coldres “robocop” ou coldres de perna. Dessa forma, a razão da escolha geralmente tem o intuito de deixar a arma mais afastada do colete balístico, o que pode causar um desconforto e em momentos pontuais, atrapalhar o saque. Algo importante de se ressaltar é que é preciso que você avalie se este tipo de coldre é mesmo para você. Geralmente, pessoas com baixa estatura, ou seja com pernas curtas, tem movimentos mais limitados.

Uso militar

Para os militares em geral, a pistola é uma arma secundária que dificilmente será usada no campo de batalha. Nos países tropicais, as condições de clima chuvoso, selva e lama sempre fizeram com que os militares optassem por coldres totalmente fechados, feitos em Nylon ou Cordura. Isso porque além de serem ultra- resistentes, protegem a arma de sujeira, têm uma chance bem menor de enroscar em folhagens, normalmente ficam presos em cintos N/A e não atrapalham em nada os movimentos do soldado.

Materiais

Agora que você já conheceu um pouco sobre os tipos de coldre, entenda abaixo sobre os materiais que estão disponíveis no mercado:

Nylon: É uma fibra sintética, uma espécie de tecido. Existem diversos tipos de Nylon, mas os que são mais usados em coldres são os mais resistentes.

Cordura: É um tecido de Nylon certificado de alta performance. É usado amplamente não só em equipamentos militares, mas mochilas, bagagens, etc. É um tecido de longa duração e muito resistente a abrasão, rasgos e cortes.

Neoprene: É um tecido macio muito usado em roupas de mergulho. Tem boa resistência à água e por isso foi utilizado em coldres velados. No Brasil é o material mais usado pelos policiais de folga. É confortável, vela bem a arma, mas tem baixíssima retenção e não traz nenhuma vantagem no saque.

Kydex: Trata-se de um polímero termo-moldável patenteado. Sendo assim, é considerado o material mais nobre para produção de coldres. São ultra-resistentes e o método de fabricação é praticamente artesanal. O Kydex vem em uma chapa retangular rígida, e ao ser aquecida a cerca de 160ºC a chapa fica “mole” e pode ser dobrada e prensada em um molde. Dessa forma, o artesão faz os cortes, apara as arestas e fixa o passador de cinto e os rebites de fixação.

Polímero injetado: É o material mais utilizado na produção de coldres modernos, de tal forma que permite produção industrial em larga escala e infinitas possibilidades de projetos. Basicamente projeta-se a fôrma das peças do coldre e máquinas injetam plástico derretido que endurece ao esfriar. Com essa técnica pode-se usar diferentes tipos de polímero que terão maior ou menor dureza.

Couro: Certamente foi o material mais utilizado na produção de coldres ao longo da história. É clássico, bonito, elegante, estiloso e, se for bem feito, pode até ser bem funcional, especialmente para coldres de cintura bem justos ao corpo. Ficam muito bem com trajes sociais.

Híbrido: São os coldres que misturam os materiais acima na confecção. As misturas mais comuns são os coldres robocop feitos em polímero com tiras e presilhas em nylon. Outra combinação bem comum são coldres velados que usam couro e kydex para aumentar o conforto ao usuário sem abrir mão dos benefícios do kydex.

E aí pessoal, gostaram?

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Forte abraço e até a próxima!